O medo me parou


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Terça-feira, Junho de 2021, dia 1.

Mantenho o blog/site dos Pedalentos desde 2012, ano que criei e comecei a compartilhar minhas ideias sobre viajar de bicicleta sem pressa. Durante esses anos, venho atualizando o site com postagens atemporais e o Instagram com publicações diárias, considerando tempos de pausas, ora por conta de viagens ou porque não estou com vontade de postar mesmo.

Meu desafio pessoal é escrever todos os dias de junho

Ontem escrevi sobre a passagem do mestre Horivaldo, que conheci durante minha viagem pela Índia em 2018, mestre Hori, como carinhosamente era chamado, fez a passagem mês passado por conta de complicações da Covid-19, seu trabalho com Yogaterapia foi muito importante no processo de reabilitação das minhas pernas pós viagem. Desde que regressei da viagem pouco falei sobre o que aconteceu com minha mobilidade ao desembarcar no Brasil, achava que era um assunto para contar pessoalmente, mas recentemente o Edson Chagas, do Espírito Santo, fez um comentário em uma postagem minha do Instagram, mostrando interesse em saber mais sobre essa viagem e seus desdobramentos. Então, vamos lá.

Minhas pernas travaram quando voltei da Índia

Em primeiro lugar eu gostaria que você soubesse que minha viagem pela Índia foi ótima. Fiquei por lá mais tempo do que havia planejado e não vejo hora de voltar e passar mais tempo. Fiz conexão na Etiópia e fiquei uns dias na ida e uma breve parada na volta. Já no aeroporto de Delhi eu senti uma leve dor nas pernas, que aumentou bastante na troca de aeronave em Addis Ababa, capital da Etiópia.

Ao embarcar informei ao pessoal de bordo sobre minhas dores e consegui um assento com bastante espaço para esticar as pernas. Durante o vôo caminhei diversas vezes pois havia uma preocupação por conta do risco de trombose. Ao chegar em São Paulo as dores eram muito fortes mas segui até o Rio e senti um alívio na última etapa do vôo melhorando bastante ao chegar na minha cidade. Alguns dias depois as dores vieram com mais força e caminhar se tornou uma tarefa muito difícil.

Exames descartaram a possibilidade de trombose e a saga para descobrir o que estava acontecendo comigo havia começado.

Na companhia na Namastê, minha gata, irmã do GatoLento, aliviava as dores usando sprays de Cataflam e derivados, era um por dia até que precisei entrar com medicamentos mais fortes para aliviar as dores, cheguei a usar Tramal 100. Muitos medos rondavam meus pensamentos, muitos. O medo de não voltar a pedalar era um dos maiores.

Continua em outra postagem.

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